relógio

quarta-feira, 9 de maio de 2012

A triste despedida de Moscow e Olesya.

Amanhã partiremos desta lindíssima cidade.

Iniciaremos a rota transiberiana, agora, sem suporte, seja o que Deus quiser!

Pegaremos o trem amanhã, dia 10/05/2012 em direção a Yekaterinburgo. A viagem demora 28 horas, serão mais 2 horas de fuso horário.

Deixaremos a nossa amiga, Olesya, com seus afazeres, já fico com saudades dela. Mas é bom para ela também, pois ela vai ter agora, tempo para si. Olesya nos deu total atenção e suporte em Moscow, ela foi um anjo, aliás, ela é um anjo! Adoramos você Olesya, você é nota 10, sua família também é incrível! Conte sempre conosco para o que der e vier! Beijos a todas!


Temos até agora, mais de 1200 fotos e mais de 50 filmagens, não se preocupem, quando chegarmos de viagem eu monto um álbum no picasa com tudo e compartilho com quem quiser.

Abraços a todos e até uma próxima postagem, possivelmente no dia 11 ou 12 de maio em Yekaterinburgo.


Dia da vitória, aniversáriio da Célia

Hoje, o café da manhã foi no quarto. Nescafé e cookies, tomando café e apreciando a vista da janela.

Amanheceu bem friozinho e com chuva.

Esperamos por Olesya, hoje é o dia da parada, helicópteros, tanques de guerra, caminhões, mísseis, etc. Tudo para comemorar o dia da vitória na Russia, e é calro, o aniversário de Célia.

Olesya havia nos convidado para ver a parada da sacada do apartamento dela. Ela chegou no nosso hostel mais ou menos 8:30, eu achei que ela viria de carro, mas veio a pé. Se eu soubesse que ela viria a pé, eu diria que não precisaria, nós já sabemos onde ela mora, poderíamos ir a pé para o apartamento dela. Coitada, andou bastante.

Fomos para o apartamento dela. Devido às comemorações, algumas estações de metrô estavam fechadas, tivemos que sair por outro lado hoje, Olesya nos guiando foi fácil, pegamos o metrõ e descemos em uma estação perto da casa dela. Vimos mais algumas estações lindas novamente.






Chegamos ao apartamento de Olesya, a mãe e a avó dela nos receberam maravilhosamente bem. Tiramos os calçados, pois na casa deles, isso é habitual. Íamos ficar de meias, mas logo veio a avó de Olesya e nos deu um par de pantufas para cada um, de couro e muito confortável.

Olesya nos levou ao seu quarto, olhamos pela sacada e vimos os tanques de guerra e mísseis parados na grande avenida. assistiríamos tudo de camarote, que beleza.
Olesya preparou um laço de fitas listadas em preto e laranja, é o símbolo da festa.



Na sacada ao lado, havia um jornalista, muito conhecido da TV Rain, tv independente de Moscow. Ele estava fazendo comentários sobre a parada, uma câmera o estava filmando e transmitindo ao vivo. Olesya ouviu o comentário e nos contou, que ele estava falando sobre a parada, sobre as pessoas que esperavam para ver os carros passarem e tirar fotos, outras que estavam em uma sacada do prédio à frente e falou sobre nós, disse que na sacada ao lado havia uma família muito simpática.



Estávamos eu, Célia, Olesya, a mãe e a avó dela, tiramos algumas fotos todos juntos e continuamos esperando pelo início da parada que se daria as 10:00h.












Acompanhávamos a parada também pela televisão. A parte que ocorre ao lado do kremlin, na praça vermelha, não é aberta ao público, somente convidados, autoridades e familiares de militares é que podem assistir. A parada é uma festa muito bonita, todo o povo russo acompanha pela tv. O presidente Putin e o anterior também participam.

Olesya nos contou que os aviões russos, estavam jogando química nas núvens para dissipá-las, eles fazem isso para parar a chuva. Olesya escutou na tv e tinha nos dito isso no dia anterior. Pela tv, a festa na praça vermelha, começou às 10:00 em ponto. Os carros, tanques e armas que estavam na rua, na frente da casa de Olesya, demorariam um pouco para sair, esperando a sua vez de desfilarem.

Escutamos os motores dos carros e caminhões funcionando, eles começariam a andar em direção à praça vermelha. Corremos para a sacada e assistimos a partida deles.

Pouco tempo depois, passaram os helicópteros, carregando bandeiras. Estes helicópteros são equipados com cãmeras e transmitem as imagens aéreas para as tv´s. Foi emocionante, muito bacana estar presente neste momento, Célia encheu os olhos de lágrimas.



Terminado o show militar, a mãe de Olesya nos chama para dentro da casa, fomos para a copa. Ela tinha preparado um super almoço, típico russo. Ficamos surpresos e muito contentes com o tratamento VIP que estávamos recebendo.

Tomamos Borsh, uma sopa de legumes russa, com tomates, beterrabas, pimenta e outras coisitas mais, tem também um creme que se coloca na sopa e mistura tudo, é uma delícia. Para beber tínhamos vodka, e um suco feito com xarope de frutas, típico da Rússia.









A mãe de Olesya me deu a honra de abrir a garrafa de vodka. ela serviu todos com o Borsh. Pediu que eu servisse a todos com vodka e, seguindo a tradição russa, fez um brinde.

Este primeiro brinde é em homenagem à vitória e aos que não estão mais entre nós, que foram mortos na guerra. Este é o caso do avô de Olesya, infelizmente ele não retornou vivo da batalha.

havia pepinos em conserva, daqueles pepininhos pequenos, era para virar o copinho de vodka de uma vez e comer o pepino para acalmar o estrago da vodka. Fizemos tudo igualzinho a elas, seguindo as tradições russas.

Um segundo brinde foi proposto, desta vez, o brinde é uma coisa mais interior de cada um, cada qual pensa no que quiser, em quem tem saudades, em alguém que perdeu, etc.E novamente seguindo as tradições, viramos mais um copinho de vodka.

O Borsh estava uma delícia, estávamos saboreando, não estávamos acreditando no que estava acontecendo conosco. Havia pães, salada e chocolate de sobremesa.

A mãe de Olesya propôs mais um brinde, desta vez, o brinde era um motivo para virar mais um copinho, assim o fizemos.

terminamos de tomar o Borsh, comemos a salada, conversamos muito durante o almoço típico.

Uma amiga de Olesya apareceu e se juntou a nós, muito gente boa também.

Olesya sumiu, demorou um pouco, ela apareceu com um bolo na mão, velas acesas em cima e cantando happy birthday to you para Célia. A surpresa foi tão grande que ficamos sem palavras.




Viramos mais alguns copinhos de vodka, até que foi um litro inteiro.

Adoramos as surpresas, Olesya é demais mesmo, nota 20! A família e a amiga  dela também são maravilhosas, foram momentos inesquecíveis, guardaremos para sempre em nossas mentes e em nossos corações.

Após a comemoração do dia da vitória e do aniversário de Célia, saímos todos para a rua, como faz todo o povo de Moscow, somente a avó de Olesya não foi. Todo o povo de Moscow  vai para a rua, para a praça vermelha, a avenida da casa de Olesya fica fechada e todos caminhando por ela.



A cidade fica repleta de gente pelas avenidas, vendedores de souvenirs, pessoas entregam flores para os veteranos de guerra, enfim,é uma festa lindíssima.



Decidimos comprar alguns souvenirs, negociamos bastante com o vendedor, Olesya sempre nos ajudando. Tiramos algumas fotos em frente ao teatro Bolshoi e fomos entrar na praça vermelha, fechada até então para a parada.







Entramos na praça vermelha, tiramos algumas fotos ao lado do relógio mundial (World Clock).


a mãe de Olesya estava sentindo frio e decidiu ir embora, ficamos apenas eu e Célia, visitamos a praça vermelha, tiramos várias fotos dos prédios, monumentos e principalmente, da catedral de São Basílio, a mais linda catedral que vi até hoje. nesta nós gastamos um bom tempo, comtemplando e tirando fotos.



















 Decidimos ir embora para o hostel, já que amanhã iremos pegar o trem para Yekaterimburgo,começaremos a rota transiberiana as 10:00 da manhã.

Fomos tentar voltar pelo mesmo lugar que fomos, mas a pé. Andamos demais, houve um momento que achávamos que estávamos perdidos, ou até mesmo andando em círculos, mas logo nos localizamos e pegamos o rumo certo.

Decidimos ir jantar em um restaurante, o Metropolitan, ele tem o símbolo do metrõ, e dentro, é como se fosse o metrô, a decoração é bem bacana, o cardápio é o mapa do metrô, enfim, confiram nas fotos. Vou dormir pois estamos cansados, meus pés já eram, acho que não os tenho mais.










 

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