relógio

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Propina russa

Bom, agora teríamos que ver o problema do visto da Célia. Fomos a um restaurante dentro do aeroporto, tomar um suco de laranja e Célia queria comer alguma coisa e tomar um café. A atendente da lanchonete era tão burra e com má vontade, que perguntei se ela falava inglês já fez aquela cara de merda russa, pedi juice, orange juice, fiz gesto de espremer a laranja e tomar guela abaixo, ela fazia cara de sonsa.

Ela me mostrou o cardápio em russo e apontava o cirílico bruscamente, aí eu comecei a falar com ela em protuguês, eu dizia: "você acha que eu vou entender tudo que está escrito aí? não entendo merda nenhuma, do mesmo modo que você não está entendendo merda nenhuma do que eu estou falando".

Até que um cara da mesa de trás disse suc. Só então ela me mostrou uma parte do cardápio com um mínimo de inglês, aí eu disse: "oh, have in english!", ela disse: "da", com a mesma cara de bosta russa sonsa, aí eu falei em inglês mesmo: " you have to study english". Enfim, depois de tudo, tomei 3 sucos de laranja, célia comeu uma panqueca, ela disse que foi a melhor panqueca que ela comeu até hoje.

Neste meio tempo, vimos os emails, queríamos saber se o cara da agência que nos deu a carta convite, havia respondido alguma coisa a mais mas ele não tinha escrito mais nada. Respondi algumas mensagens da Bia no facebook, anotamos o telefone do departamento consular do aeroporto Demodedovo e saimos. Não deixei gorgeta. 

Fomos ao balcão de informações do aeroporto perguntar onde fica o departamento consular. A moça indicou reto e à esquerda. Fomos até lá e nada. Puta que la merda, se nem o povo daqui sabe onde ficam as coisas como é que nós iríamos descobrir?

Voltamos no balcão de informações e perguntamos para outra moça, ela nos disse para discar 05 no telefone público que havia ali do lado. Célia ligou e falou com um cara. O inglês dele era péssimo e Célia entendeu que ele disse para esperarmos por ele ali, na frente do balcão de informações. Achamos estranho mas, enfim, esperamos uns 15 minutos e o cara apareceu. Célia foi com ele até o balcão e eu fiquei com as bagagens. Pouco tempo depois, Célia e ele sairam e foram lá para o fundo do aeroporto, demorou bem uns 30 minutos, Célia retornou e disse que estava tudo ok, tinha mais um visto da rússia em seu passaporte.

Porém, tudo aqui tem um porém, o custo informado pela agência foi de 1500 rublos. Célia disse que o cara perguntou a ela se a agência tinha informado o preço, Célia disse que sim mas não disse o preço e perguntou a ele, O cara de pau disse 2500 rublos. Célia disse não não não (he he he em português), a agência disse 1500 rublos. O cara entrou em uma sala onde Célia não podia entrar, levou 2 mil rublos dela e ela ficou esperando lá fora. Demorou um pouco e o filho da santa mãezinha dele devolveu apenas  250 rublos, isto é, cobrou 1750 rublos e passou a mão em 250 rublos. Isso é coisa que eles aprenderam com o Brasil. Vai ensinar, vai. Eles aprendem, oras.

Tudo bem, ladrão tem em toda partre mesmo e, se fôssemos encrencar, chamar consulado português, brasileiro, etc, poderíamos nos dar mal e perder o voo. Deixa os ladrões para lá, um dia eles pagarão em dobro.

Agora estamos aqui no aeroporto, são 12:00h e nosso voo é às 17:55. Célia dorme na cadeira.

Até Dubai.

A senha

Tudo foi muito fácil e tranquilo, o sistema de transporte da Rússia é excelente, tudo interconectado e fácil. Estão de parabéns. Aí Brasil, acorda rapá!!



Chegamos na estação de trem de Moscow e fomos tomar um café, comi uma shwerlma de pato que estava um espetáculo, é tipo o nosso churrrasco grego, só que de pato, enrolado em uma panqueca enorme, com repolho, cenoura e tomates, cream cheese e catchup. Célia comeu um salgado de carne e tomamos um café cada um.

Saimos da estação de trem e logo em frente entramos na estação de metrô. Pegamos o metrô para a estação Pavlosky, de onde saía o trem para o aeroporto, o aero express. Para pegar o aeroexpress nem precisamos sair da estação de metrô, é tudo ligado. Compramos os tickets para o aero express em uma máquina automática, perfeito, troco certo, bilhete na mão. Fomos para a plataforma e o trem já estava lá. Entramos no trem, tudo novinho, telinha com propagandas de viagens e bancos confortáveis, 30 minutos até o aeroporto.






O trem para praticamente dentro do aeroporto Demodedovo. Passamos as malas pelo raio-x, na minha vez o operador voltou um pouco a máquina e resmungou alguma coisa em russo, eu disse: "nieponimaio rusky", ele resmungou outra coisa qualquer e olhava para a tela do raio x, eu disse: "vodka", ele riu e me mandou embora. esta é a senha, VODKA.




Deixando St. Petersburgo para trás

Chegamos na estação de trem de St. Petersburgo. O friozinho nos acompanha, agora também uma chuvinha para coroar.





Verificamos número do trem, portões, plataformas e está tudo ok. Estamos esperando pelo trem. Toda hora vinha um gari do meu lado, varrendo o chão e catando as bitucas de cigarros, eu estava com um copinho de plástico ao meu lado, servindo de cinzeiro. O gari chegava e eu logo pegava o copinho para ele não recolher, meio que fazendo graça. Fiz isto umas duas vezes. Quando o gari me viu tentando tirar uma foto de nós mesmo, ele se ofereceu para ajudar e tirou esta aí de cima.

A Rússia é tão generosa conosco que, na hora que nos levantamos para ir para a plataforma, tocou uma música clássica russa para a nossa partida, parecia que estávamos em um filme antigo, russo é claro.





O bichão chegou, entramos no trem e a nossa cabine estava vazia, sabíamos que a qualquer momento entraria mais alguém. Não demorou muito, entraram 2 caras. Eles pareciam ser gente boa, pelo menos tinham boa aprência.



Fui logo dizendo: "nieponiemaio rusky (não entendo russo)", perguntei se eles falavam inglês e eles disseram que falavam um pouco. Ok, seria o suficiente para a comunicação. Dissemos que éramos do brasil, e o cara, talvez ingenuamente ou por seu inglês ruim, disse que no brasil tem muitos macacos! HUMPFT!!! Eu rebati e disse que tem sim, na Amazônia. Quase dissemos que na Rússia só tem pinguço, mas deixamos pra lá.

Os caras eram legais, sim. Um deles era do tipo engraçadinho, fazendo piadas baratas e sem graça. Até o amigo dele o comparou com um comediante russo, tipo Mr. Bean.

Os dois eram pilotos de corrida da fórmula Seat, amigos de vários pilotos de fórmula 1 famosos. eles mostraram fotos com os pilotos, fotos dos filhos e das esposas, uma delas era muito linda, modelo na espanha. Não me lembro do nome deles. Quando perguntei se eu poderia tirar uma foto, o mais tímido deles saiu da cabine. O outro deu risadas e disse que tudo bem.



A Viagem foi muito tranquila, viajar de trem é muito bom. Dormimos um pouco e acordamos a 5 minutos de Moscow. Ainda teríamos que pegar um metrô até a estação de trem, para daí pegar um trem para o aeroporto Demodedovo.



quarta-feira, 30 de maio de 2012

Feijão, feijão, feijão

Quando chegarmos em Brasília, será em uma sexta pela noite,  no dia seguinte, sábado dia 2 de junho, iremos comer uma feijoada, estou pálido por falta de feijão. Quem quiser nos acompanhar se manifeste! Não sei onde vai ser e nem a que horas, só sei que vai ser no almoço.

Quem tiver uma sugestão de uma boa feijoada em brasília por favor, nos mande email, poste no blog, sinal de fumaça, sinal sonoro, sei lá, nos avise de alguma forma.

Até.

A partida

Hoje é dia de arrumação de malas, mais algumas comprinhas e postagens no blog.

Acordamos as 9:00h, Célia ficou um pouco mais na cama. Arrumamos as malas, fizemos o checkout no hostel e ficamos por aqui. Podemos usar o hostel como bem entendermos. Cozinha, banheiros e sala, só tivemos que liberar o quarto.

Comemos uma sopinha de pacotinho que tínhamos comprado dias atrás. Conversamos com toda a equipe de staff do hostel enquanto comíamos, cada um mostrou a dança típica de seu país. Brasil, Usbequistão e Zâmbia.
 
















A menina do hostel, que é formada em turismo e nos atendeu muito bem, dando dicas, procurando restaurantes, sempre com um sorriso muito simpático no rosto, tinha nos dito que quando chegou na Rússia, ela viu em algum canto alguém tocando uma gaita e queria uma para ela de todo jeito.

Hoje pela manhã, a irmã dela ouviu eu tocando a minha gaita e me disse que compraria uma para dar de presente para a irmã dela. Então eu resolvi deixar uma das minhas aqui, elas ficaram contentíssimas.

Colocarei os vídeos e as fotos depois, pois o cabo da máquina está na mochila, guardada pelo hostel. Já pedimos para tirar e guardar umas 3 vezes estas mochilas, não vou pedir de novo.

Saímos para a rua e o friozinho veio se despedir de nós, faz 8 graus em St. Petersburgo. Compramos alguns souvenirs do outro lado da rua do hostel. Fomos ao mercado também, compramos algumas latinhas de caviar e mais umas vodkas. Se tivemos problemas com a bagagem em Vladivostok, no Rio o problema será maior, mas tudo bem, a gente resolve.



Voltamos para o hostel, guardamos as comprinhas e agora vamos comer um Mc Donalds ali na esquina. Depois vamos pegar o metrô e ir para a estação de trem, esta noite será viajando nos trilhos até Moscow.

Chegaremos em Moscow as 5:00h, vamos para o aeroporto resolver a extensão do visto da Célia e esperar pelo voo para Dubai. Talvez nos encontremos com Olesya, tomara!

Dormiremos uma note em Dubai e pegaremos o voo para o Rio, depois pegaremos outro voo para Brasília. Provavelmente só postaremos notícias em Dubai, caso não seja possível, só em Brasília.


Até lá.

Última noite em st. Petersburgo

Já era 22:00h. Decidimos ir a um restaurante indicado no guia da folha e, diga-se de passagem, que merda de guia!

Seguimos de metrô até o endereço indicado no guia, rua Kuyvscheva número 21. Chegamos na grande rua, parecia mais uma avenida. Achamos o número 21 mas nada de restaurante com generosos e saborosos pratos russos a preços baratos, conforme o indicado. Entramos em um mercadinho, perguntamos sobre o restaurante mas ninguém conhecia. Andamos por ali, olhando e procurando, entramos numa destas entradas que tem aqui, parecendo garagem de prédio e lá no meio, muitas vezes tem os restaurantes, teatros, etc. paramos um jovem casal e perguntamos a eles sobre o restaurante. O rapaz, que arranhava o inglês tal eu tocando violino, nos informou que o restaurante havia sido fechado há muito tempo - o guia é de 2011.

Nos restou achar outro restaurante e arriscar. Um pouco mais à frente, na mesma rua, encontramos um restaurante japonês, entramos e logo escutamos: "sorry, the restaurante is closed, sorry". Nem ficamos desapontados pois tínhamos recebido uma resposta espontânea em inglês. A mocinha nos informou que perto do metrô, havia um outro restaurante, da mesma rede e que estaria aberto. Não poderíamos arriscar mais, pois já era 22:30h. Fomos para o tal restaurante.

Realmente estava aberto, entramos, muito bonito e bem decorado, sentamos em uma mesinha. Fumantes aqui não têm problema nenhum, aliás, o local de não fumantes estava vazio. Pedimos uma cerveja cada um, um combinado de rolls e sushi, uma sopa missô, e 2 temaquis. Tudo estava delicioso, rools de caviar, cream cheese, camarão, salmão defumado, etc.





A garçonete, muito simpática e prestativa, veio nos perguntar se iríamos pagar com cartão de crédito ou em dinheiro, dissemos que provavelmente seria com cartão, ela disse que a maquininha dela acabara de quebrar e se poderíamos pagar em dinheiro, dissemos que não haveria problema, tínhamos no bolso para pagar a conta e pegar o metrô até o hostel. É claro que poderíamos ter um problema ao sair do restaurante.

Saímos era 00:00h, o metrô fecha às 00:00h. Algumas estações ficam até 00:15h. Tirei uma foto saindo do restaurante para mostrar o céu ainda claro em plena 00:00h


Corremos para o metrô, eu fumando um cigarro, ao chegar nas escadas para entrar no metrô, joguei fora o cigarro e fomos tentar entrar. Portas fechadas. Demos risadas, só que não teríamos dinheiro para o táxi - gastamos o dinheiro que tínhamos para pagar o jantar. Banco automático não funciona depois das 22:00h. De repente, vimos um casal tentando entrar no metrô também, eles foram correndo para outras portas mais ao lado. Fomos atrás e, por sorte, estavam abertas.
 


Corremos para dentro e fomos até o kassa (caixa) para comprar os tickets, não havia ninguém nos caixas. Célia viu o rapaz passando um cartão de metrô na catraca, ela até pensou em pedir ao cara para passar nós dois e nós pagaríamos a ele.

Perguntei sobre os tickets ao guarda que estava ali na entrada, se ainda dava para comprar tickets para o metrô, ele não entendeu nada. Mostrei o dinheiro e falamos ticket, aí ele entendeu e disse: "da da da (sim sim sim em russo)", fazendo uma cara de: "é claro que da". Olhamos novamente para o kassa e a mulher estava lá,  ufa! Compramos os 2 tickets e conseguimos pegar o metrô de volta para o hostel. Devia ser o último trem, o relógio batia 00:13h.


De volta a St. Petersburgo

A esta altura, era 19:00h, o sol estava a pino. Fomos pegar o ônibus para ir até a estação e, depois, de trem para St. Petersburgo. O ônibus demorou para vir, passavam vários minibus com uma plaquina na frente, escrito Moscovskaya (estação de metrô de St. Petersburgo). Decidimos pegar um destes e fomos até St. Petersburgo de minibus, descemos na estação de metrô.

Uma quadra antes da estação, avistamos pela janela do minibus um monumento enorme, à guerra de 1941, que durou até 1945. Resolvemos voltar lá, agora à pé, para tirar fotos e conhecer o monumento. Afinal, era só uma quadra, das grandes, mas só uma.











Após a sessão de fotos do belíssimo monumento, decidimos ir conhecer as outras estações de metrô, que estão indicadas no guia da folha dizendo que merecem uma visita. Faltavam apenas 5 estações, 4 delas eram na linha vermelha. Descemos para o metrô, linha azul, fizemos baldeação para a roxa e depois para a vermelha. Nesta, descemos e subimos do trem 5 vezes, visitando e tirando fotos de cada uma das estações. Uma mais linda que a outra, como as de Moscow. É que em Moscow existem mais estações, e, consequentemente, mais estações bonitas. Vale salientar que, aqui em St. Petersburgo existe a mesma quantidade de linhas que a cidade de São Paulo, que por sua vez, é tres vezes maior. Aí governador de merda! Acorda rapá!















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